HISTÓRIA

O significado do Baphomet e o Pentagrama invertido

O pentagrama invertido - Baphomet 


Também popular entre os Templários e Cristãos, em tempos medievais, o pentagrama ou “Laço Infinito” era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios e era usado como amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Note que, para os medievais adeptos do cristianismo, o pentagrama era atribuído aos cinco estigmas de Cristo.
Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa.
Entretanto, a “Ordem dos Templários” foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciava-se os tempos negros da Inquisição, das torturas, falsos testemunhos, de purgar e queimar e da peste negra, por toda a Europa.
Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos “interesses” da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor.
O pentagrama invertido foi visto, então, como símbolo da cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. ERVAS potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas.
Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as BRUXAS pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.
Durante a purgação das bruxas, o Deus Cornudo e o Deus Pan, foram comparados ao diabo (um conceito cristão), e o pentagrama – popular símbolo de segurança – pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado de “Pé da Bruxa”.

Desmistificando os símbolos de Baphomet

Baphomet é uma das várias representações do Deus pagão da fertilidade, associado a força criativa da reprodução. Sua cabeça costumava ser representada por um carneiro ou cabra, símbolo de procriação e fecundidade usado nas culturas antigas.
Acredita-se que muitos séculos depois e bebendo destas culturas remotas, a Ordem do Templo, e seus Círculos Secretos, adotaram o símbolo da cabeça barbuda como representação divina da sabedoria.
A suposta adoração templária de Baphomet foi convertida pelo Papa Clemente V que na manipulação de provas transformou o símbolo de Baphomet em um ser maligno. Se hoje associamos o capeta a um ser chifrudo, com barba e aparência de bode foi devido a esta transfiguração da igreja.
Juntamente a isso, inicia-se a caça aos templários que foram perseguidos, torturados, queimados e mortos.
Tempos mais tarde, o ilustre ocultista francês Eliphas Levi, declarou o Baphomet dos templários como sendo idêntico ao Deus do Sabbat das Bruxas, que era visto por elas como um símbolo panteísta de toda a Natureza e nem de longe fazendo alguma referência ao capeta, que aliás, elas nem acreditavam e assim como os templários, foram perseguidas, torturadas e mortas.
A palavra Baphomet, quando escrita de trás pra frente, revela quatro abreviações: TEM OH.P AB, que significam Templi Hominum Pacis Abbas, ou, ” O Pai do Templo da Paz Universal Entre Os Homens”.
Levi, foi o criador da imagem clássica de Baphomet que foi publicada em 1855, e para quem não sabe, os antigos estudiosos das ciências ocultas guardavam os ensinamentos em símbolos e códigos contidos em imagens. Baseado num texto do Ocultista Marcelo Del Debbio.

O significado da imagem do Baphomet de Levi

  • A imagem possui a cabeça com características de chacal, touro e bode, representando os chifres da sabedoria, virilidade e abundância. O chacal representa Anúbis (o Deus-Chacal) e também o “Mercúrio dos Sábios”, o Touro representa o elemento terra e o “Sal dos Filósofos” e o bode representa o Fogo e o “Enxofre fixo”. Juntos, a cabeça da imagem representa os três princípios da Alquimia.
  • A tocha entre seus chifres representa a sabedoria divina e a iluminação. Tochas estão associadas ao espírito nos 4 elementos e colocadas sobre a cabeça de uma imagem representam a inspiração divina. Isso pode ser observado até os dias de hoje, em personagens de quadrinhos que, quando tem uma ideia, aparece uma lâmpada sobre suas cabeças.
  • A lua branca tem como significado a magnanimidade de Júpiter e a lua negra o rigor de Marte
  • O pentagrama na testa, o símbolo da proteção e da magia. Importante notar que ele se encontra voltado com a ponta para cima.
  • Nos braços do Baphomet estão escritos “Solve” no braço que aponta para cima e “Coagula” no braço que aponta para baixo. Solve representa “dissolver a luz astral” e coagula significa “coagular está luz astral no plano físico”. Em outras palavras: tudo aquilo que você desejar e mentalizar no plano astral irá se manifestar no plano físico.
  • Os braços nesta posição representam o “Tudo o que está acima é igual ao que está abaixo”, ou “O microcosmo é igual ao macrocosmo”, ou “Assim na Terra como no Céu”. É a mesma posição dos braços representada em diversas outras imagens de divindades como, Buda, Shiva e Jesus Cristo.
  • As escamas, representam o domínio sobre as águas, ou emoções.
  • As asas, têm como significado o domínio sobre o Ar, ou a razão.
  • As patas de bode, representam o seu domínio sobre a Terra, ou o material. Também representam a escalada espiritual.
  • O fogo em seus chifres tem como significado o domínio sobre o Fogo.
  • Os seios do Baphomet representam a maternidade e a fertilidade, e também o hermafroditismo, simbolizando que a alma não possui sexo e que não “somos” homens ou mulheres, mas “estamos” homens ou mulheres.
  • A imagem está parcialmente coberta, parcialmente vestida, representando que o corpo não está apenas no plano material (roupas), mas por debaixo da matéria está também o espírito (parte nua).
  • Baphomet está sentado sobre o cubo. O cubo e o número 4 representam o Plano Material, e estar sentado sobre ele representa o domínio sobre o plano material.
  • O falo do Baphomet é o Caduceu de Hermes, representando a Kundalini e as energias sexuais ativadas, a virilidade e todo o desenvolvimento dos chacras.
  • Finalmente, a figura representa a Esfinge, aquela que guarda os portais das iniciações, pela qual os covardes e ignorantes não passarão.
  • FONTE: CONVEN WICCA
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O RENASCIMENTO DA BRUXARIA
Em 1951, quando a última lei ainda existente contra a Bruxaria foi revogada na Inglaterra, Gerald Gardner, considerado o pai do Neo-Paganismo, decidiu revelar que as práticas da Bruxaria da Europa antiga não haviam morrido, mas continuavam vivas e ainda eram praticadas no interior dos Covens e por muitas famílias de Bruxos sob um novo nome, Wicca!
Gardner publicou algumas obras que revelavam um pouco da prática de seu Coven, dentre as quais o famoso livro Witchcraft Today, e assim lançou uma nova luz às práticas da Bruxaria, dando origem à um grande movimento Neo-pagão de reavivamento das práticas e ritos da Velha Religião.
De lá para cá o movimento Pagão cresceu substancialmente e muitos Bruxos que tinham sido instruídos por suas famílias durante décadas, decidiram sair das brumas e se tornaram visíveis, revelando os ensinamentos da Antiga Religião ao mundo. E assim, em pleno florescer do século XX, ressurgiu uma religião que buscava celebrar novamente a natureza encontrando inspiração para seus ritos na Antiga religiosidade da Europa e no culto à Deusa, considerada a própria Terra.
A Wicca é a reconstrução moderna da antiga religião dos povos da Europa, visto que muitos dos mistérios, rituais e práticas se perderam desde a época em que o Paganismo foi perseguido. Exatamente por este motivo, a Bruxaria Moderna foi largamente influenciada pela espiritualidade de diferentes culturas européias, indo desde a Celta até a Grega ou Romana. No entanto, muito de sua filosofia e liturgia baseia-se no antigo calendário e religiosidade do povo celta, que se espalharam pela Europa aproximadamente 1200 anos AEC e que provavelmente foi a cultura que mais preservou o culto a Deusa e seus rituais.


A Wicca é uma religião pagã que se dedica ao conhecimento da espiritualidade a partir da natureza e da psique humana. Nessa religião as pessoas adoram duas divindades: o Deus Cornífero, ou Deus de Chifres, representado pelo Sol e pelos animais e a “Deusa” representada pela Lua e pela Terra. A celebração wiccana ocorre a cada passagem cíclica da natureza, ou seja, na passagem de uma estação a outra, abordando toda a história de suas divindades, enfatizando o nascimento, a morte e o renascimento.

Os wiccanos realizam inúmeros rituais, cada um é realizado conforme a situação. Pode ser citado o ritual que ocorre em noites de lua cheia e aos Sabás (Assembleia secreta de bruxos e bruxas que, segundo superstição medieval, se reunia no sábado, à meia-noite, sob a presidência do Diabo [Definição retirada do Dicionário Aurélio]) realizado em diferentes localidades como em bosques, apartamentos e quintais; em grupos, para equilibrar energias e cultuar a Deusa. Outro que ocorre com frequência é o Wiccaning, cerimônia que pede às divindades que proteja as crianças desde o momento do nascimento. 

É uma cerimônia semelhante ao batismo das religiões do cristianismo, mas diferem-se no comportamento dos pais de comprometer a criança de seguir a religião por toda a vida ou não. Na Wicca, os pais dão liberdade aos filhos na fase adulta para decidirem a religião que vão seguir.

Os rituais wiccanos são realizados no interior de um círculo mágico com a utilização de instrumentos de altar como vassouras, cálices, caldeirões e outros. O símbolo mais utilizado é o pentáculo, que representa os cinco elementos componentes da natureza.

Por Gabriela Cabral

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